Após décadas trabalhando nos bastidores, os fundadores do Ballet Stágium, Marika Gidali e Décio Otero, retornam ao palco para duas apresentações que propõe uma reflexão sobre qual o papel de corpos velhos na arte. Ambos estarão, nos dias 25 e 26 de outubro, ao lado de outros expoentes longevos da dança no Brasil, em espetáculo idealizado e dirigido pelo bailarino e coreógrafo Luis Arrieta.
Além de Marika, Décio e Arrieta, o espetáculo Corpos Velhos Para que servem? também conta com os artistas Célia Gouvêa, Iracity Cardoso, Lumena Macedo, Mônica Mion, Neyde Rossi e Yoko Okada. Todos se apresentam no Teatro Anchieta, no Sesc Consolação, no Centro de São Paulo.
O encontro abre espaço para uma conversa não falada, para um improviso carregado de memórias e de histórias de criadores pertencentes a uma geração pioneira da dança cênica, com mais de meio século de trajetórias distintas. Ao colocar esses corpos como protagonistas, o trabalho mostra a transversalidade e a urgência das questões e temáticas que atravessam o etarismo na sociedade, e exalta a permanência do fazer artístico como ato de resistência política, poética e subversiva.
A última apresentação de Marika como bailarina havia sido 1995, em uma montagem de Anjos da Praça, coreografada por Décio. Naquela obra, a diretora do Stagium interpretou uma senhora que observa uma praça, onde se desenrolam diversas cenas cômicas, românticas e trágicas.
O espetáculo Corpos Velhos Para que servem? marca os 60 anos do TSI, o Trabalho Social com Idosos no Sesc São Paulo. Os primeiros integrantes do grupo de convivência, inicialmente direcionado a aposentados, ocorreu em 26 de setembro de 1963 no Centro Social Mário França de Azevedo. Desde então, o Sesc passou ter uma programação consistente de atividades intelectuais e de lazer voltadas para o público idoso.
COMPRE INGRESSOS ONLINE – A opção estará disponível a partir de terça-feira, dia 17 de outubro, às 17h, no site do Sesc.
Ficha Técnica
Direção geral: Luis Arrieta
Artistas: Célia Gouvêa, Décio Otero, Iracity Cardoso, Luis Arrieta, Lumena Macedo, Marika Gidali, Mônica Mion, Neyde Rossi e Yoko Okada
Assistente de direção: Lumena Macedo
Assistente de coreografia: Suzana Mafra
Assistente técnica: Cleusa Fernandes
Iluminação: Silviane Ticher
Vídeo: Vinícius Cardoso
Fotos: Emidio Luisi, Gil Grossi e Naava Bassi
Edição de trilha sonora: Marcos Palmeira – colagem musical com músicas de Guilherme Vaz e Mercedes Sosa
Coordenação de projeto: Portal MUD (Talita Bretas)
Produção: Corpo Rastreado
Apoio: Ballet Stagium, Fábio Villardi e Loty Okada